sábado, 31 de dezembro de 2011

Jesus Cristo ...beleza maior...

Acolho-me vagamente
nos seus olhos
deixando brotar
qualquer sentido ou sentimento.
Acolho-me entre as paranóias existentes,
na cadência vertebral...
Acolho-me no sol,
para me enxergar
para só entender
a razão patética, dos que nao foram...
Acolho-me a tudo
para buscar qualquer um
que esteja perdido as mediocridades
do mundo oriundo.
Acolho-me ao banido, aos gritos
pois qualquer grito virá de dentro da montanha.
Acabo em seus encantos,
pois ainda canto para você viver...
Acolho-me vagarosamente,
a sua bondade,
pois so você poderá entender...

Beleza Maior

Jesus Cristo nasceu,
Jesus Cristo morreu,,
ele veio,
ele ficou,
ele se foi,
o vento levou...
Eu chorei,
eu parei,
eu não estava lá,
mas senti, o senhor cair...
e chorar...
pela tristeza de não voltar,
de não voltar...

Dos livros "Altarboz" e "Depois do sol"
Por Walcyr de Sá

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."
Fernando Pessoa

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Escorpião

Ao alento passará anos e anos
e eu tragando um único cigarro;
sabe lá , se ainda existirá a única voz complacente,
dos rebeldes aventureiros
ou somente um escorpião
a iluminar as calçadas.

Ainda por sabedoria
ou uma ira,
ficarei a luz do dia
que acalma e traz alegria
ou somente serei um escorpião
a iluminar as calçadas.

E talvez passará anos e anos
e eu imaginando uma linha
que o veneno dos sábios
acaba num assobio
mas o escorpião sorri
pois sabe da verdade e do fim...

A minha forma de escrever vem da profundidade e a intensidade do escorpião que vive em mim...
Essa força inerente, eu aprecio de forma sagaz, quando eles estão presente em minha vida...
A soma com eles , me dá uma força estranha que desconheço...
São neles, que busco uma verdade finita e infinita ; e é neles que deposito uma sensação de euforia quando caminhamos lado a lado...
Na verdade, acho que os escorpianos/as ( principalmente elas ) sabem onde existe, o começo a metade e o fim, de tudo aquilo que existe no fundo do nosso âmago...


Por Walcyr de Sá
do livro " Aos Serafins, Querubins e os Arcanjos "

domingo, 27 de novembro de 2011

Grande amor da minha vida

Grande amor da minha vida,
lhe procuro mundo afora
tentando encontrar-te,
ando meio cansado
por tanto lhe procurar e não achar;
as razões esquecidas da vida
me deixaram totalmente absorvido pelo tempo,
que não vejo mais o sol poente...
A brisa do ar,
a areia do mar...
Qualquer razão enlouquecida
fará meu retorno mais leve
qualquer graça divina,
deixará, que minh'alma carregue...
grande amor da minha vida,
não sei, se viverei por muitos anos
pois lhe peço para aparecer mais cedo hoje
porque não sei se encontrarei com você amanhã...

Por Walcyr de Sá
Do livro " Sombras " poesia escrita em 1987

Lábios da paixão

As grandes paixões
vem de grandes aversões
de sinais corretos, transformados em sentidos
e derivações de lábios alimentados.
As grandes paixões vieram do nada
para deixar que o nada
preencha o vazio de cada instante não dito...
As grandes paixões provém
do verdadeiro medo que sentimos de outrem;
que outrem seja verdadeiro
que outrem venha como o vento
que outrem seja o clímax
da ejaculação mais demorada que o tempo esperou...
E que a lembrança de todo amor,
nunca seja como um raio que desmancha,
mas venha como uma lembrança
de que o amor é o único
que transforma a verdaeira paixão...

Por Walcyr de Sá
do livro " Depois do sol "

Miragem

Foi bobagem aparar sangue quando derramei...
foi flácida a conjuntura harmoniosa que detalhei,
foi áspera a virtude que insinuei
e como foi bom um passo a mais,
quando reparei...
Foi no nascente é claro,
foi no crescente é óbvio,
mas infelizmente foi quando uma
estrela sumiu...

Por Walcyr de Sá
do livro " Altarboz sentimentos ocultos "

Nunca encontrei

Nunca busquei
nunca achei
nunca talhei
nunca farei
nunca esperei...
Nunca busquei o sol
nunca achei a lua
nunca talhei o mar
nunca farei chover
nunca esperei, que tanto
amaria essa mulher...

Por Walcyr de Sá

Essa voz...quem é você

Aliás por falar de você
aprendi com as tardes mais belas
como faria prá te ver.
Ou esquecer que paramos...
Apresentamos êxtases inconfundíveis
com promessas infalíveis de saber;
acorrentamos nossos parados sentimentos
por saber que ia doer;
aliás...foi sem querer
uma revista mais suave que eu possa ler
em horas que não consigo te ver.
abençoados todos os bendizeres que eu possa crer,
em somente ter essa voz
que nunca mais irá dizer...quem é você...

Por Walcyr de Sá

Altarboz

Agarrei uma fumaça
pensando que era nuvem...
Agarrei meus surdos , mudos e lentos prazeres
pensando que agora.
Agarrei-me em seus braços pensando que era amor.
Cheguei a conclusão que sinto falta de valor...
conclusão concreta que situa-se de forma ereta
em todos os gozos abertos
de uma sensação de cansar.
Alcanço todos os limites sem fim
de transformar uma atitude em verdade
em sintomas incansáveis;
como as aventuras seguras,
que faz uma simples imagem de terrenos não descobertos,
subitamente agarro-me em meus braços
para buscar ao alcance
o amor que nunca senti
de uma imagem oposta
igual a minha...

Por  Walcyr de Sá
do livro " Altarboz sentimentos ocultos "

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Aos Serafins , Querubins e os Arcanjos

O rio que ainda existe,
banhou meu rosto,
trazendo de volta, o que de mais cristalino havia levado.
Abençoados sejam os Serafins, Querubins e os Arcanjos,
que só pensam no amor.
O amor mora tão perto,
que pensarei na primavera que está tão longe.
Ontem vi os passarinhos de São Francisco de Assis,
eles rodeavam pelo meu corpo,
como se estivessem me devolvendo,
um grande amor perdido...
Foi dai  que senti,
a presença da sua alma ao meu lado
fiquei tão calado,
e  pressentir que todos aqueles pássaros,
eram somente você,
me trazendo muitas rosas,
e ao mesmo tempo,
me dizendo que as rosas,
são somente para quem merece,
só enxergam os Serafins os que tem fé,
e só sente o verdadeiro amor,
os homens de boa vontade...

Por Walcyr de Sá
do livro "Aos Serafins, Querubins e os Arcanjos"

Por uma poesia

Provei o calor de todos os sinos
Provei o perfume de todos os hinos
Provei o calor da máteria humana
Provei o calor da caverna bruta
Tomarei o sentido dos analfabetos
Tomarei o sentido dos retos

Tombei com um amor
Tombei por um calor
Soprei um absurdo
Acalentei em desatino
Ardi sem febre,
e provei em latido

Cavei um amor
Não senti um calor

Não acabou o poeta
Com sua rima
Com sua cisma
Com todo calor
Com toda esperança
Com toda esperança
Por uma poesia...
Que tanto se esfria
Que tanto caminha
Que tanto se ilude
Que tanto, que tanto
Que tanta dor.

Por Walcyr de Sá
do livro  " Altarboz sentimentos ocultos "
escrito em 1987

sábado, 19 de novembro de 2011

Flor de um novo tempo

Serenamente ouvi sua voz,
serenamente chegou perto de mim,
serenamente me encantou,
serenamente me beijou,
serenamente eu salientei,
que os sábios sentem,
quando enxergam no fundo d'alma...
Que os sábios vivem em outro universo, construindo versos...
Que a luz divina é o calor da alma terrena;
e novamente,
serenamente você me abraçou,
condicionando seus braços entre meu corpo,
e novamente perguntei aos sábios do Tibete,
se algum dia as pessoas iriam se amar com tanta intensidade,
se a verdade seria dita em hora certa;
e serenamente eles me responderam :
que no fundo de cada poço,
sempre existirá um pouco d'água,
e que do límpido desta,
renascerá a sabedoria,
do grande amor vindouro...

Por Walcyr de Sá

Consoante mais bela

Gostaria de beijar sua mão quando o sol se por.
Gostaria de beijar seu ouvido,
ouvindo a música mais bela do mundo.
Gostaria de estar com você neste momento,
mas você não chora quando a chuva cai,
você não vê o quanto se reponde ao som dos passarinhos,
você vive distante da consoante mais bela;
e nunca revela seus pontos de euforia,
você nunca apela para encontrar comigo,
pois a única coisa que pode me trazer de volta,
é o beijo que não pude lhe dar...
Mas ainda existe o som dos canarinhos,
castigando a paixão que existe dentro de mim,
pois a única coisa que pode me trazer de volta,
é o som da sua boca,
que me levou ao longe,
e me deixou perdido ,
em algum lugar do mundo...

Por Walcyr de Sá

Até um dia

Mas tarde quando as aves voarem,
o inverno terá passado,
dando origem a lembrança.
As andorinhas voarão baixo,
trazendo sua imagem,
e o espelho uma saudade.

Mais tarde quando o sol nascer,
estarei sentado defronte ao mar,
esperando a brisa bater em meu rosto,
acolhido a sua presença.

Quando bem longe eu estiver,
mas perto você estará junto a presença das aves,
que lhe dará o meu recado,
de saudades,
de amizade,
de carinho,
de amigo...

Mas tarde quando as aves voarem,
eu estarei pensando em ti,
e quando sentir o vento em seu rosto
sinta como se fosse a minha presença,
pois as aves me levaram até você...

Por Walcyr de Sá

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Horizonte de ontem

Meus desejos choram,
minha vida e agora,
sou somente a chuva que cai e rola…
Minhas lágrimas,
não sei contar se é de alegria ou tristeza…
mas ainda há beleza no tempo,
pois mostra o arco-íris,
de ontem…
Ontem lhe vi,
porque mandei um recado ao bem-te-vi,
para dizer que viria aqui,
somente para cobrir minha saudade,
minha liberdade,
de ver as borboletas voarem…
Arem de cílios, de rosas, margaridas e ainda a dor,
não sei se vou,
pegar meu barquinho de luz,
para ver se conduz
a algum lugar de amor e cadência…
Meu amor, lhe ofereço o céu e a terra,
o mar e o ar,
a certeza do esplendor,
que a saudade,
será somente a verdade,
de quem sabe amar…

Por Walcyr de Sá em 1996

Cavaleiro

Deslizo em curvas oratórias,
conduzindo veneno em estórias;
aglutino em santos para sentir um acalanto;
desabrocho ao orador, como um botão que caiu ao chão,
contínuo no visgo,
quando sigo paciente,
ao fervor de um anjo,
que me ajudou,
todavia calçadas vagas,
escravas do andor.
A cruz que carrego me apóia,
ao primeiro gesto que outrora,
agora, agora e vai embora;
bengalas me são dadas,
para enxurradas que caem dos meus olhos;
ainda a vinda dos seresteiros,
cavaleiros do romantismo abafado,
que tenho guardado,
que tenho esperado,
que tenho encerrado.
Como acrobata da sensibilidade do meu interior,
sinto um puro amor, junto aquela flor…
Aquela! Que meu fruto imaginou,
pastou, cavalgou e não achou…
Por Walcyr de Sá em 1994

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Depois do sol

As vezes penso no caótico,
e brevemente deixamos de pensar no lógico,
o que é lógico é tolice ,
e o que é breve é idiotice.
Muitas vezes perdemos a razão e o sentido,
mas paramos na caduquice dos aniquilados da guerra,
guerra santa,
guerra de antas…
Pois falando em antas,
lembrei-me dos santos que deixaram seus prantos para quem escreve…
escreve o sinônimo,
das crendices,
dos profetas passados,
que passaram anos e anos  dando um único recado e não conseguiram,
encontrar a porta do sertão,
infelizmente, foi tudo em vão…
Mas quem sabe um dia os jardineiros do mundo voltem,
e nos dê um outro profeta que nos livrará dos vigilantes de antes,
que predominaram durante anos,
sem nos deixar perceber,
que prometeu morreu,
Isaias concebeu,
Moises se inverteu,
Gibran se fudeu,
Hitler matou o judeu,
e eu estou num mundo que a razão e a lógica de Socrates,
são somente o que Jesus me deu.

Por Walcyr de Sá

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Libra

 
Como se fosse uma vez no encanto,
Paira uma nuvem dócil e meiga,
Entre meu peito...
Como se fosse uma voz que pouco ouço,
Paira uma saudade que envolve meu manto,
Como se fosse a luz,
Deita num brilho cintilante de duas estrelas,
Que espera de um sonho,
A pura beleza do brilho do sol.
Como se fosse ontem, vaga num singular de setembro,
Nascendo na flor de todos os ventos,
Deixando uma canção sem som,
Que adormece nas águas de uma mulher,
Como se fosse libra,
Como se fosse a vida.

Por Walcyr de Sá.
Em 1987

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Para sempre

Remeti minhas condescendentes lembranças,
e só restou o absinto da essência profunda.
Acolhi dentro do meu coração o amor mais lindo que vivi,
e parti para  realidade constante,sem medir o acaso da felicidade.
O atalho dos amantes sempre serão os mesmos, enquanto existir desejo.
Hoje me pergunto se o universo ainda é o mesmo,
porque acredito que agora e sempre, sentirei sua falta…

Por Walcyr de Sá
do livro  “ Aos serafins, querobins e os arcanjos “

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O Dragão

 
Porventura estou aqui para bem dizer que flutuo no fluxo ocidental,
trouxeram - me em 64 , para desfrutar os prazeres, sabores e o fogo...
Determino e exijo de todos, a fina sintonia de todo esplendor,
Onde minhas frases, nunca levaram o conteúdo oposto dos amordaçados.
Os itens que impus não inflamam o desejo de seres extraterrestres...
Com a força dos astros, vale a pena eu dizer que me acho.
A deusa da neve que andei alertou-me dos contidos amargos,
Mas salientou sobre meu desmaio...

O Dragão
A compaixão que estou favorece aos astros,
A galáxia, a devassa, que o universo me transporta,
Minha resposta,
Por uma vez estou crendo,
Escrevendo,
Quem sou, porque estou e daquilo que passou...

O Dragão
Sou o dragão
O alienado a compaixão...
Ritos do ocidental, oriental e vertical as ironias atiçadas,
Quando me chamam pelo nome o dragão.

Por Walcyr de Sá
Do livro “ Depois do sol “ escrito em 1987