Provei o calor de todos os sinos
Provei o perfume de todos os hinos
Provei o calor da máteria humana
Provei o calor da caverna bruta
Tomarei o sentido dos analfabetos
Tomarei o sentido dos retos
Tombei com um amor
Tombei por um calor
Soprei um absurdo
Acalentei em desatino
Ardi sem febre,
e provei em latido
Cavei um amor
Não senti um calor
Não acabou o poeta
Com sua rima
Com sua cisma
Com todo calor
Com toda esperança
Com toda esperança
Por uma poesia...
Que tanto se esfria
Que tanto caminha
Que tanto se ilude
Que tanto, que tanto
Que tanta dor.
Por Walcyr de Sá
do livro " Altarboz sentimentos ocultos "
escrito em 1987
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