terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Mariposas

Elas voam,
e desmancham o céu de anil,
saimos dispersos,
a cada segundo de sobrevivência,
das incoerências,
da vergonha atingida,
foi na segunda saída,
duma nostalgia.
Da dança que nos rege,
as regras que nos impõe,
faz a desgraça subjetiva,
dos nossos farrapos...

Elas voam,
as mariposas voam,
a angustia aumenta,
na cidade sangrenta,
do que mais me contenta,
se vou viver,
pata libertar os meus,
as minhas,
as nossas...
Nostalgica celebração,
de voltar ao lar,
que as mariposas nos trouxeram,
nos deixaram,
e que, em sua volta,
ela possa dizer,
que era um anjo...

Por Walcyr de Sá
do livro "Depois do Sol"   em críticas sociais ( 1994 )

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