segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Cordilheira dos Andes

Nenhuma estrela apodrece
sem que as onomatopéias estejam viajando,
pela cordilheira dos andes.
Nenhum vagalume apaga,
sem ter ido a alguma direção,
pois nenhuma pessoa vive,
sem ter uma grande paixão...
Pois nenhuma psicologia,
por mais retardada que seja,
deixará os plebeus morrendo de fome.
O horizonte de cada guerreiro
e nada mais, nada menos,
cavalgadas no relento;
um breve momento, para o oceano que deixou de dormir...
Um breve momento,
 para os que sofrem,
sem ter um pedaço de pão,
que Cristo repartiu,
entre seus irmãos...
Eles oferecem a sopa do castigo,
ao pobre inimigo,
esquecendo do desatino,
dos que estão esquecidos.
Morreremos se não tivermos, o som dos pássaros,
a cantiga do mar...
Por fim as estrelas ficarão podres,
porque o filho da cegueira,
estará totalmente morto,
perante a cordilheira dos andes,
restando somente para o mundo,
o recado de Nietzsche,
me dizendo que o mais torto e incomum
e o calafrio dos miseráveis,
a sombra da calamidade que existe,
a textura dos insaciáveis parasitas,
que se prontificam em versões abusivas,
para pobres homicidas, que imploram por um prato de comida.
No fim de suas palavras,
ele me deixou tão triste,
que acabei dormindo debaixo d`água,
lembrando da última frase,
que somente um homem,
rezou pela verdade...

Por Walcyr de Sá
do livro " Depois do Sol " em críticas sociais.

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