sexta-feira, 6 de abril de 2012

Perfume

Devotos somos
ou seremos?
devotos tolos já fomos
ou queremos?
No singular que desliza em frases mortas
restrinjo ao leve mormaço do sol frio
abaixo as pestanas num vulgar arrepio,
desafiando os heróis vencidos.

Morre a frase, morre o demente, e acima de tudo morre o poeta...
Com loucuras latentes
mas reversas,
e aleatórias,
das estórias ,
que fizemos um dia.

Adeus?
Assim foi quando parei no substantivo oculto
no abstrato vivo;
mas ainda tem um livro,
que não termina,
nem desafia
a breve utopia
de fazer serenatas quando tudo terminar.
Ou esperar,
que a ventania passe,
e ver,
quando o seu céu, for estrelar...

Por Walcyr de Sá
do livro "Aos Serafins, Querubins e os Arcanjos"

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