As ruas são de prata
e novamente o espelho reflete
uma imagem insolente
de um simples vagabundo
num naufrágio ávido.
as plumas caem feito neve
em meu povo
e novamente o espelho reflete
uma imagem insolente
de um vagabundo com fome
e ele some
some na multidão
de um naufrágio perdido
sem emoções
sem perdão
sem o filho
e o espírito santo...
por Walcyr de Sá
do livro "Aos Serafins,Querubins e os Arcanjos"
escrita em 1994
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